[RESENHA] A Menina Que Roubava Livros

by - 6/13/2017

Foto encontrada no Pinterest sem créditos
Oi seus lindos! Hoje nos vamos falar um pouquinho sobre A Menina Que Roubava Livros, que eu já li há muito tempo e não tinha vindo aqui falar pra vocês, mas o importante é que nunca é tarde para compartilhar com os leitores do blog o que eu achei deste livro e de como ele se tornou um dos meus preferidos, com uma das minhas citações preferidas, afinal "quando a morte conta uma história, você deve parar para ler".


A morte não costuma se afeiçoar a humanos, ela simplesmente vem quando é a hora deles e os leva, por mais interessantes que tenham sido suas vidas, ela não se importa, só quando chega o momento de leva-los . Porém as coisas mudam um pouco para Morte, quando em uma viagem de trem em que a mãe comunista (que está sendo perseguida pelo nazistas) de Liesel Meminger leva a garota e o irmão para um casal do subúrbio alemão criá-los em troca de dinheiro.

O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não consegue ler. E é aí a morte se afeiçoa a pequena ladra de livros.

Liesel acaba por compensar seus medos e solidão nas noites de convivência com seu pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da mãe adotiva, ela canaliza suas urgências para a literatura. Em tempos que o controle nazista queima livros julgados inadequados a seus propósitos, a menina os furta, ou os lê escondida na biblioteca do prefeito da cidade, sob a vigilância da esposa do mesmo.

Em meio a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra, ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança, teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich , faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista, e ajuda o pai  adotivo a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.

De um modo geral as histórias que falam um pouco ou que se passam em tempos de guerra tem o costume de apresentar um pouco mais do mesmo, sob olhares diferentes ou talvez somente com uma mudança de palavras, mas no fim a história não possui nada inovador, e este foi exatamente o meu pensamento quando eu  peguei A Menina Que Roubava Livros para ler e descobri que a história se passava em 1943. Que doce ilusão a minha, simplesmente o livro não era nada do que eu esperava e superou completamente as minhas expectativas.

Liesel é uma garotinha comum, com medo do que pode vir a acontecer, que perde o irmão e se vê separada da mãe por culpa de Hitler (quem a propósito ela odeia secretamente!)  e que se descobre com um amor e um fascínio por livros após do enterro do irmão que é sem dúvida alguma comovente. Junte tudo isto ao fato de estar indo morar com um novo casal que ela nunca viu e que a partir daquele momento ela deve chamá-los de pai e mãe, e que a criam de uma maneira completamente diferente da qual ela estava acostumada, é para qualquer um surtar! E embora ela tenha seus momentos de solidão, para uma criança, ela lida super bem com tudo.

Acompanhamos o crescimento da menina e daqueles que estão ao seu redor, pessoas nas quais ela passa a depositar sua confiança, seus amigos e sua nova família, e de uma maneira geral a história faz o crescimento de Liesel passar rápido e de maneira fluida, a escrita do Markus Zusak  é muito envolvente, de forma a nos fazer apreciar a leitura sem interrupções para tentar entender o que está acontecendo.

Facilmente se tornou um dos meus livros preferidos, por ser uma história comum, de pessoas comuns vivendo em uma época turbulenta em que o maior amigo de todos era o medo, e mostra que apesar de tudo eles tinham pequenos momentos de felicidade.

Eu me apaixonei pela Liesel e pelo Rody, que é aquele melhor amigo que não importa o quanto você esteja triste, ele vai te fazer sentir bem, eles vivem bem de acordo com a realidade e o livro não conta uma história de como as pessoas lutaram contra Hitler ou de como a resistência fez para derruba-lo e todas estas coisas com as quais estamos acostumados, é só uma menina vivendo o melhor que ela pode, com o melhor que ela tem e ainda assim encantando o leitor a cada pagina com sua força e determinação.






Título: A Menina Que Roubava Livros | Páginas: 480 
Autor(a): Markus Zusak Editora: Intrínseca

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